Força!
















Pense! Na vida! Pense!
Canse! Então, pare!
Sente! Mas pense!
Descanse! Mas não pare! Pense!

Fale! Do passado! Lembre!
Olhe! Pra trás! À frente!
Não caia! Aprende!
Enfrente! Enfraqueça! Chore! Agüente!

Corra! Dor sem remédio! Corra!
Devagar! Não tropeces! Ande!
Caminhe! Não tropeces! Levante!
Acalma! Não muito! Energiza!

Se afasta! Maldade! Selecione! Amigos!
Construa! PAZ! Pense!
Perdoa! Chora! Cresce!
Sorria! Agora! Lendo!

Não minta! Não engane! A ti!
Sonhe! Lute! Realize!
Deseje! Surpreenda! A ti!
Sinta! Força! Você!

Aí então!

Pense! Na vida! Pense!
Canse! Então, pare!
Sente! Mas pense!
Descanse! Mas não pare! Pense!

Não só pense, canse, sente!
Não só fale, olhe, chore!
Não só corra, caia, levante!
Não só espere e perdoe!

Mas AME! VERDADEIRAMENTE!

Depois, novamente!

Pense! Na vida! Pense!
Canse! Então, pare!
Sente! Mas pense!
Descanse! Mas não pare! MUDE!

Em 17/09/2007

Falta cor

As janelas quentes de fim de tarde
Dos apartamentos fechados
Com o cheiro úmido da solidão
Vida corrida; falta de tempo

Só preciso de mais um copo
Só preciso de mais um corpo
O trabalho ocupa o lugar do amor
E na retina, nada além de mais um fim de tarde sem cor

Não é pra rimar
Não há rima sem cor
Não há vida sem dor

E sem vida
A poesia não sai.

Em 05/12/07

Retornando à Fonte

É legal voltar a esse movimento de escrever
Extravasar sem gritar.
Sem preocupações ou obrigações.
O processo antigo de pegar a caneta e o caderno ainda funciona muito bem.
Mas abrir a tela branca com as bordas azuis também materializa o pensamento.
Deixar fluir, ouvir o sangue correndo e pedindo para sair em forma de palavras.
É gostoso.
É como sentar à sombra de uma árvore qualquer, como andar num conversível ao som de Lighthouse Family.
É como tomar uma Coca bem gelada no calor, dormir no sofá vendo filme.

Os dias mudam, nós também, mas algumas coisas ficam suspensas.
Inoculadas em nossas vidas, esperando a hora de fazer efeito.
Às vezes como um bom vinho. Quanto mais passa o tempo, melhor fica.

Espero que funcione assim também com a criação.
Que sempre haja a cobrança própria de ser original.
Porque além do prazer de criar, há também o prazer de ler.